25 de agosto de 2010

JORNAL OPÇÃO ENTREVISTA O CANDIDATO AO SENADO PELO PMDB, ADIB ELIAS


Euler de França Belém — A jovem Camila Lagares foi assassinada, supostamente por policiais militares, e acharam um fio de cabelo na viatura. Essa prova foi levada para perícia em Brasília, mas até agora nada, embora a Polícia Científica goiana argumente que teria condições de fazer esse exame. Mas parece que não há condições materiais para isso. O sr. esteve lá, como vê essa questão da perícia goiana?

ADIB ELIAS: Essa classe dos peritos em criminalística é uma das mais importantes representações que a sociedade pode ter. Há poucos dias, em Campos Belos, numa reunião com Iris, uma mulher levantou e disse Iris, veja o que nós estamos passando. Quando morre uma pessoa aqui em Campos Belos e que precisa de autópsia, somos obrigados a levá-la a Formosa, a 300 km daqui. A família fica aqui chorando dois dias, esperando o corpo para enterrá-lo, porque não temos um Instituto Médico legal aqui. É uma das classes mais sofridas de Goiás, que merece um olhar importante da sociedade e do governo do Estado. Eu entendo que essas pessoas têm que ganhar muito bem pelo trabalho que executam. Nós temos hoje apenas 100 trabalhadores como peritos em criminalística e 50 como médicos, o que é muito pouco para o Estado. Numa cidade como Catalão, um dos maiores PIB de Goiás, a melhor qualidade de vida de Goiás, nós temos problemas de atendimento. Às vezes a pessoa fica lá no Instituto Médico caótico, precisa fazer tudo novamente, fica 10, 12 horas esperando o médico para fazer essa autópsia. Tudo o que eu discuti com eles lá, eu propus ao governador Iris Rezende, que vai se reunir com eles. Essas pessoas têm alguns pedidos, o primeiro é ter condições de trabalho, o segundo é receber bem, porque eles merecem.

FONTE: Jornal Opção

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